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( Desde 1993)
“Considerada uma das formações musicais mais profissionais da actualidade, os seus membros transformaram-se em arautos de uma vertente muito peculiar do Semba, prolongando um exercício que conjuga uma base rítmica, inconfundivelmente angolana, aliada a uma forma moderna de conviver com o baixo eléctrico, teclado e bateria, instrumentos de certa forma estranhos à estrutura tradicional do semba.
Excelente formação de acompanhamento, a “Banda Maravilha” interpreta, com reconhecida propriedade e criatividade, géneros canónicos da música internacional e explora diversas matizes do semba cadenciado, kazucuta e kabetula, inovando com acuidade, o que de melhor regista o passado musical angolano”. Jornal de Angola
A fazer trinta anos (1993-2023), a “Banda Maravilha” constitui um caso singular no panorama musical angolano e africano em geral, onde predominam músicos (masculinos e femininos) de excelente qualidade, mas habitualmente individuais: são talentos pessoais.
Mesmo com a dinâmica de grandes bandas internacionais (em que muitas vezes existiram e existem membros que entraram e saíram), constitui para mim um exemplo, absolutamente único, de que juntando talentos individuais, é possível criar uma coisa maior do que cada nome e talento por si.
Só isto é inspirador para o meu país, Angola. Por isso e por muitas músicas inspiradoras e vibrantes, que escutei mais do que uma vez, num final de tarde, no “Chá de Caxinde” em Luanda. Numa das melhores memórias que tenho, numa dessas vezes cantaram com o Tito Paris.
Obrigado, “Banda Maravilha!” (Flora Neves)
Semba, Música tradicional Angolana
– Joaquim Augusto Moreira Filho, nasceu em Luanda, no dia 2 de Julho de 1955. Iniciou sua carreira musical como guitarrista no início dos anos 1970, tocava com as formações pop-rock “My Dreams” e “The Pop Kings”, ambos denominados “Conjuntos de Música Moderna”, em Ndalatando, Kuanza-Norte.
– Mário José Furtado Correia da Cruz, também conhecido como Marito Furtado, nasceu em Luanda em 3 de Abril de 1964. É considerado um dos bateristas angolanos mais talentosos da actualidade.
Receptivo a uma ampla variedade de tendências e estilos musicais internacionais, entende a música como “uma arte em constante evolução e movimento.”
– Miqueias Tomé Ramiro, nasceu a 2 de Agosto de 1976. Iniciou a sua carreira musical na “Banda Carinhosa” em 1995, onde tocava ao lado do cantor e compositor Dionísio Rocha, que era o vocalista principal da banda.
– Isaú Aires de Morais Baptista, nasceu em Luanda a 8 de Julho de 1985. Músico talentoso e aberto a inovações, iniciou a sua carreira como guitarrista a solo na banda de reggae “The Power’s” em 2004, tornando-se membro da ““Banda Maravilha”” em Janeiro de 2008.
A “Banda Maravilha” nasceu em 1993, como resultado da colaboração de cinco músicos angolanos que nutriam uma enorme paixão pela música.
A história começou quando Carlitos Vieira Dias (guitarra), Moreira Filho (guitarra), Joãozinho Morgado (tumbas) e Kinito Trindade (baixo) foram seleccionados como os primeiros músicos residentes do Restaurante “Tambarino” em Luanda. Esta formação inicial deu origem à actual “Banda Maravilha”.
Quando Moreira Filho e Joãozinho Morgado se ausentaram para participar num projecto de caridade no Brasil, Botto Trindade (guitarra) e Marito Furtado (bateria) entraram como substitutos.
Desde a sua fundação, a“Banda Maravilha”tornou-se um dos grupos mais populares e influentes angolanos, com uma longa história e uma forte presença no cenário musical do país.
Juntos, criaram um som único e vibrante que combina influências de vários estilos musicais que listamos a seguir: soul, jazz e música tradicional angolana.
Em Abril desse mesmo ano (1993), foram convidados a integrarem o programa “Gentes & Tons” da Televisão Pública de Angola (TPA), como banda musical de atracção.
O programa era apresentado pelo saudoso André Mingas (cantor e compositor). Foi neste programa que a produtora Delfina Feliciano baptizou a banda de “Banda Maravilha”, de tal forma que o nome “colou” …
Além do programa, a “Banda Maravilha”, actuava regularmente nos restaurantes “O Tambarino” e “Morabeza”.
Através da sua arte musical excepcional, a “Banda Maravilha” enriquecia a experiência de todos os que frequentavam as noites de Luanda, proporcionando-lhes momentos verdadeiramente memoráveis de alegria e prazer sonoro.
Em 1997, é feito o lançamento do primeiro CD da banda “Angola Maravilha”, pela RMS, que se tornou um dos maiores sucessos em vendas de discos de bandas angolanas.
Em 1998, a banda fez uma tournée pelo mundo, participou da Expo98 em Lisboa, Portugal, Festival de Atlântida em Paris, e no Festival da Baía das Gatas, em Cabo Verde.
Em 2001, com uma nova formação que incluía Chico Santos, Miqueias Ramiro e Venâncio, a banda lançou o seu segundo CD, “Semba Luanda”.
Neste disco, a banda retratou o Semba e novas cadências rítmicas, consolidando a “Banda Maravilha” como os “Embaixadores do Semba” de Angola.
Neste CD teve a participação do cantor e compositor angolano Paulo Flores e da cantora Afrikanita.
Em 2002, é-lhes feita a atribuição do prémio de “Melhor Banda Musical do Ano”em Angola, e de Top Rádio Luanda.
Neste mesmo ano, venceram ainda o “Top dos Mais Queridos” da Rádio Nacional de Angola, com a maior venda discográfica do ano (prémio este, instituído pela RNA – Rádio Nacional de Angola).
A “Banda Maravilha” foi convidada a fazer apresentações em várias partes do mundo, tendo actuado em Portugal, França e Brasil, entre muitos outros países.
Apresentaram ao Mundo uma parte da muito boa música que se faz em Angola.
Em 2005, a banda lança o terceiro CD, “Zungueira”. Este trabalho, constituiu uma verdadeira homenagem às mulheres Zungueiras, guerreiras incansáveis na luta pela sobrevivência, enfrentando diariamente desafios e obstáculos para garantir o sustento das suas famílias.
Com a entrada de Pirica Duia (Guitarra Ritmo) e Nelas do Som, neste CD, a banda consolidou-se e criou uma nova estética musical, melodias harmónicas através dos solos das suas guitarras.
Tocando em rádios e festas por todo o país, a banda também teve um impacto significativo na cena musical de Angola, ajudando a inspirar e influenciar muitos outros músicos e bandas.
Em 2006, recebem o “Prémio Nacional de Cultura e Artes” de Angola, na categoria de música, como a melhor banda musical do ano.
Em 2009, é feita a gravação do quarto CD, intitulado “As nossas palmas”, que ocorreu nos estúdios da Rádio Vial e contou com a participação especial de renomados artistas internacionais. O cantor Emílio Santiago, do Brasil, participou da faixa “Volta por cima”, enquanto Tito Paris, de Cabo Verde, adicionou seu talento à canção “Mussulo”, originalmente de Mimito. Do Tabanka Jazz, da Guiné-Bissau, o grupo contribuiu com a música “Sin Murri Gossi”, e o cantor angolano Daniel Nascimento participou da faixa “Rosa Maria”.
Em Agosto de 2016, a “Banda Maravilha” apresentou-se pela primeira vez na Trienal de Luanda, no Festival Zwá.
Os membros que compõem a “Banda Maravilha”, foi sofrendo alterações ao longo dos anos.
Na sua já longa história, diversos músicos talentosos passaram pela “Banda Maravilha”, incluindo Carlitos Vieira Dias (na guitarra solo (Joãozinho Morgado,(nas tumbas) Kinito Trindade (no baixo), Carlos Venâncio (na guitarra), João Oliveira (nas teclas), Botto Trindade (na guitarra), Rufino Cipriano (nas teclas), Nelas do Som (na guitarra), Chico Santos (nas tumbas e voz), PiricaDuia(no violão e voz), Djanira Mercedes (coro).
Continua, no entanto, a ser um dos mais importantes e influentes grupos de música angolana e africana contemporâneas, pois o elemento comum e que se mantive inalterável ao longo do tempo, foi a paixão da Banda pela música e a sua dedicação aos fãs.
Permanece como uma das únicas e mais populares e respeitadas bandas de Angola, com uma discografia extensa e uma legião de fãs, continuando a evoluir e inovar ao longo das décadas, lançando vários álbuns aclamados pela crítica e pelo público. Tem promovido e protegido a música tradicional angolana, e é amplamente reconhecida como “Os Embaixadores do Semba.”
Cumulativamente, os membros da “Banda Maravilha” prestaram suporte instrumental aartistas notáveis, como Cesária Évora, Kassav, Bonga, Jorge Rosa, Voto Gonçalves, Calabeto, Carlos Baptista e Mito Gaspar, Euclides da Lomba, Paulo Flores, As Gingas, Yuri da Cunha, Nelson Ned, Tito Paris, Luís Morais, Benito di Paula, Elias Dya Kimuezo, Bangão, Ildo Lobo, Mig, Belinda, Lourdes Van- dúnem, Pedrito, Tito Paris, Maya Cool, Nanutu, Carlos Burity, Orfeão Universitário do Porto e muitos outros.
Em 2021, os membros da “Banda Maravilha”eram os seguintes: Moreira Filho (baixo e voz), Marito Furtado (bateria), Miqueias Ramiro (teclado e voz), Isaú Baptista (guitarra e voz) e Divaldo Fica “FA” (percussão e voz).
Actualmente (em 2023), a “Banda Maravilha”está a trabalhar na gravação do seu mais recente álbum, intitulado “Entre Kambas”. O álbum contará com a participação de vários músicos, incluindo Martinho da Vila (Brasil), Filipe Mukenga, Elias Diá Kimuezo, Irina Vasconcelos e Livongh de Angola, alguns dos amigos que contribuíram ao longo de tantos anos para que a “Banda Maravilha” se tornasse um marco histórico da música e da cultura angolana.
Alguns Festivais em que participaram:
– Festival da Canção da LAC (Angola)
– Festi Sumbe (Angola)
– Festival de Música Africana de Paris (França)
– Festival de Música Africana (Brasil)
– Festival da Baia das Gatas (Cabo Verde)
– Expo98 Lisboa (Portugal)
– Expo2005 (Japão)
– Estados Unidos da América
– África do Sul
– Festival de Maputo (Moçambique)
– Mais Semba Festival (Angola)
1997- “Angola Maravilha”
2001- “Semba Luanda”
2003 – Passarinho Verde Me Dá um Beijo
2004 – “Semba Muxima”
2005 – “Zungueiras”
2006 – “A Maravilha e os Kambas”
2010 – “As nossas Palmas”
2019 – Mena Single
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